Pierre CHE de Pinho

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Situação do Sinos é crítica e São Leopoldo inicia racionamento




Novo Hamburgo
  - O Rio dos Sinos segue mostrando sinais de esgotamento. Ontem, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, decretou situação de emergência em função de o nível estar em 60 centímetros na captação da companhia de abastecimento, enquanto o normal são 2,5 metros. Por causa da baixa do Sinos, houve rompimento de uma adutora nas bombas, deixando 50 mil economias sem água. Mesmo em situação igualmente desfavorável, Novo Hamburgo disponibilizou ontem um caminhão-pipa de 8 mil litros para levar água de um reservatório do Município até São Leopoldo.
O nível do Sinos em Novo Hamburgo permaneceu de segunda para ontem em 2,28 metros e a Comusa avisa que poderá ampliar o horário de racionamento caso a chuva prevista para esta semana não seja suficiente para amenizar a seca. Além disso, a Comusa também trabalha com a possibilidade de aplicação de uma sobretaxa para o consumo exagerado dos usuários.
Mutirão para sensibilizar a população
Para a conscientização da população, outra medida será iniciada amanhã em Novo Hamburgo. A Comusa fará, a partir das 9 horas, um mutirão em que todas as casas serão visitadas, os moradores abordados e receberão em mãos um folder especial, alertando para a situação do rio, e com dicas de uso consciente da água. Serão nove equipes e cerca de 80 pessoas. “Estamos começando pelo setor 1, que será piloto. Veremos a receptividade das pessoas e o ritmo da ação e faremos uma avaliação. Na próxima semana deveremos ir para um outro setor e continuar o trabalho. A ideia é abranger todos os cinco setores”, detalha o coordenador comercial da autarquia, Samuel Pereira.
3o AERADOR
Ontem, para melhorar a oxigenação do Sinos, o Instituto Martim Pescador passou o dia instalando mais um aerador profundo no mesmo ponto onde já existe um, a dois quilômetros da Ponte 25 de Julho, em São Leopoldo. Com esse, são três aeradores no rio. Todos foram emprestados pela empresa PSA e têm a função de movimentar a água, elevando assim o nível de oxigênio. De acordo com o presidente do Instituto Martim Pescador, Henrique Prieto, ao redor dos equipamentos a oxigenação aumenta em 100%.
TEMPO
A chuva que chegou ontem ao Estado e que pode seguir até sexta-feira não deve ser o suficiente para mudar o nível do Sinos. De acordo com a MetSul Meteorologia, nuvens carregadas provocam pancadas, que tendem a ser localizadas, com possibilidade de chuva forte e até risco de temporal em pontos isolados. Será precipitação típica de verão, com pancadas mal distribuídas e irregulares. A chance maior de precipitação é para hoje e sexta-feira. Há chance de chuva mais consistente para a primeira metade da próxima semana.
Sujeira do rio provocou decreto
“Só vamos decretar calamidade caso o nível do Sinos atinja 40 centímetros’’, afirma o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi. “O Semae nos apresentou um estudo técnico de todo o Sinos e o estudo apontou a dificuldade de captar água por conta da sujeira que está se acumulando nos sistemas operacionais, o que pode danificá-los. Em função da possibilidade de avaria desse sistema, decretamos situação de emergência’’, explica Vanazzi.
Tarcísio descarta calamidade
O prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann, diz que o Município não trabalha com a hipótese de calamidade pública. “Estabelecemos racionamento antes de São Leopoldo com um enfoque muito mais preventivo. Continuamos preocupados com o nível do rio, mas estamos sustentando o equilíbrio. A população atendeu ao nosso chamado e houve um reequilíbrio no consumo de água”, conta. Além disso, o prefeito afirma que, por enquanto, está descartado a aplicação de multas. “Seria muito difícil fiscalizar.”
PELA REGIÃO
A superintendente regional do Vale do Sinos da Corsan, Solange Peña de Vargas, diz que a situação do Sinos em Campo Bom, Estância Velha e Sapiranga está sob controle. “Não se pensa em racionamento e em outras medidas. Mas, pedimos sempre a conscientização da população com o uso da água”, diz.
O Rio Caí também está com nível baixo. De acordo com o chefe da unidade da Corsan de Montenegro, Fernando Azevedo Orth, o rio já está um metro e meio abaixo do normal. “Nossa vantagem é que nossas bombas estão junto com o Guaíba e estamos captando água 6 metros acima da tubulação. Não há risco de racionamento”, diz. Já o chefe da Unidade da Corsan de São Sebastião do Caí, Elton Luiz Ernzen, diz que a preocupação é grande. “O rio está muito baixo e o consumo muito elevado em função da estiagem. Não se pensa em racionamento, mas eventualmente por picos de consumo, não conseguimos atender todos os bairros”, afirma.

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